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ARSLVT e Município de Cascais divulgam resultados de inquérito sobre gaming

43% dos jovens são jogadores regulares, 27% já abdicaram de dormir e 45% dos inquiridos afirmam conhecer alguém “viciado em jogos”.

Estas são algumas das principais conclusões apresentadas a 9 de junho, na Casa de Santa Maria, em Cascais. Na apresentação de uma nova etapa do “Gaming + Saúde”, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo esteve representada por Anabela Barata e Ana Paula Harfouche. Carlos Carreiras e Carla Semedo representaram a Câmara Municipal de Cascais.

Integrado na Semana do Município Cascais 2023, o evento procurou sensibilizar para a importância de promover hábitos salutares, bem como antecipar riscos junto de jovens gamers. Entre estes riscos, destaca-se a potencial “dependência tecnológica online”, que geralmente é sinónimo de problemas de saúde física e mental com repercussões a nível social.

De acordo com as respostas dadas, há a reter:

– 93% dos jovens confirmaram a utilização de dispositivos tecnológicos.

– 43% dos jovens inquiridos são gamers regulares, sendo que os rapazes têm uma maior propensão para se considerarem jogadores regulares, comparativamente com as raparigas.

– Estratégia, ação, desporto, guerra e simulação correspondem a 84,5% dos jogos preferidos.

– 27% dos jovens afirmaram que já abdicaram de dormir para satisfazer a vontade de jogar.

– 21% dos inquiridos confirmam a ocorrência de dores resultantes da prática de gaming, salientando-se as dores de costas (36%), cabeça (27%) e mãos (11%).

– 45% dos inquiridos afirma conhecer alguém “viciado em jogos”, uma perceção que, pela expressividade percentual, poderá consubstanciar um quadro de risco.

– Alunos dos 2º e 3º ciclos jogam, tendencialmente, de forma regular, identificando-se uma diminuição na prática do gaming a partir do ensino secundário;

 

 

Recorde-se que este projeto se insere no cumprimento do Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 que a ARSLVT persegue. O ODS 3, mais concretamente na meta 3.4, estabelece o seguinte objetivo: “até 2030 – reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar”.

 

 

Os resultados agora divulgados têm por base o inquérito aplicado entre 20 de março e 14 de abril. Alojada numa plataforma online “gamificada”, a auscultação contou com a participação de 272 jovens residentes no concelho de Cascais, com idades compreendidas entre os 10 e os 23 anos. Além da habitual componente sociodemográfica da amostra, o inquérito possui uma componente comportamental que procura perceber o acesso, navegação e prática de jogos online destes jovens.

 

 

Na sessão, Anabela Barata, Vogal do Conselho Diretivo da ARSLVT considerou esta iniciativa como “um modelo inspirador de como os ODS podem ser aplicados em parcerias locais”. Feito o diagnóstico da situação, a fase seguinte implica a definição de medidas e atividades de promoção da saúde e bem-estar a implementar pela ARSLVT, pelo município, “mas também por stakeholders”.

 

 

Isto porque, como referiu Ana Paula Harfouche, Coordenadora da Agenda ARSLVT para a Sustentabilidade que apresentu os resultados, é cada vez mais importante dar respostas articuladas e multidisciplinares, pois no gaming como noutras áreas, há que ter em conta os fatores sociais, económicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde.

 

Carla Semedo, vereadora da autarquia de Cascais com o Pelouro da Promoção da Saúde, advogou que “é preciso trabalhar as competências sociais e pessoais dos jovens e assim contribuir para a promoção da saúde e prevenção da doença”. Isso também implica “alertar para os fatores de risco, para quando se deve pedir ajuda e dispor de uma rede que ajude estes jovens”.

Por sua vez, Carlos Carreiras, Presidente do Município, salientou que “a tecnologia é positiva desde que a utilizemos a nosso favor”, mencionando que a ausência de autocontrolo “pode ter impacto na visão, levar ao isolamento e interferir na Saúde Mental”.

No início da sessão, a atriz Mafalda Amaral representou o impacto negativo que o gaming pode ter na vida de um jovem.

Veja o vídeo sobre o evento , da autoria da Câmara Municipal de Cascais.

 

 

 

Imagem dos 4 intervenientes no evento
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